Roteiro realizado em Junho/2009
Em uma das muitas idas ao Maranhão (a Va é natural de lá), além de convidarmos uma turma para nos acompanhar em mais uma visita ao Parque dos Lençóis Maranhenses, decidimos nos aventurar à partir de lá até Jericoacoara-CE por terra.
Saímos de Barreirinhas-MA no transporte regular ($5) - Toyota Bandeirantes com tábuas de madeira montadas como bancos na carroceria - que vai de lá até Paulino Neves por uma trilha pelo meio dos Pequenos Lençóis. Infelizmente não chegamos a conhecer o lugar, pois já chegamos à noite, mas dizem que é bonito.
Ahhh Jericoacoara! Depois de chegar, deu até para esquecer o perrengue da noite anterior. Mas como todo marinheiro de primeira viagem sofre, logo descobrimos que nosso cafofo na Pousada Tirol não tinha ar condicionado! Ai ai... Apesar disso, a pousada é simpática, considerando a pechincha.
Jantamos na Cantina Jeri. Só o que lembramos é que a comida estava muito boa! Nessa época, não tínhamos a preocupação de fotografar nossas refeições...
Você deve estar se perguntando: e a balada? Forró? Etc? Pois é... Não sei porque não fomos a nada disso. Deve ter sido cansaço... Mas pelo menos tomamos umas no Chico Drinks.
O último dia foi dedicado ao passeio para ver cavalos marinhos que fica no caminho de volta a Camocim, num local chamado Mangue Seco. Muito interessante saber as curiosidades sobre o animal, além de prestigiar o programa de preservação desta espécie.
Chegamos a Camocim na hora do almoço e depois de negociar o taxi para nos levar até a rodoviária de Parnaíba-PI, sentamos para almoçar num buteco. Esse foi o 'pf' mais demorado da história! Quarenta minutos para 'preparar' um prato feito de bife! Mas enfim, partimos.
De Parnaíba, voltamos para São Luis-MA de ônibus, para curtir mais uns dias de eventos familiares.
Moral da estória, Jeri-CE é completamente diferente de Barreirinhas-MA, nosso ponto de partida, pois apesar de ser mais rústica e isolada, é limpa, organizada, charmosa e tem toda infra necessária para ficar lá por tempo indeterminado. A simpática vila de ruas de areia, só não ganha no quesito paisagem, pois as dunas do Parque dos Lençóis Maranhenses são de muito longe a paisagem mais linda que já vimos, quando o contexto é de dunas de areias claras e água.
Dica: leve dinheiro vivo e, preferencialmente, com sobra. Não há bancos, nem caixas eletrônicos (pelo menos até 2009), e os mais próximos ficam em Jijoca.
Se você não leu o post anterior e quer saber sobre nossas dicas sobre São Luis, Barreirinhas e os Lençóis Maranhenses, clique aqui.
Bom proveito!
Saímos de Barreirinhas-MA no transporte regular ($5) - Toyota Bandeirantes com tábuas de madeira montadas como bancos na carroceria - que vai de lá até Paulino Neves por uma trilha pelo meio dos Pequenos Lençóis. Infelizmente não chegamos a conhecer o lugar, pois já chegamos à noite, mas dizem que é bonito.
Manoéo se divertindo no pau-de-arara!
Paisagem pela trilha de Barreirinhas a Paulino Neves.
Como chegamos "tarde" negociamos com o dono da jardineira para nos levar até Tutóia-MA ($30/pax), pois àquela hora já não havia mais o transporte regular. E foram mais umas tantas horas no banco de madeira sem encosto, mas nada tão horrível quanto possa parecer.
Em Tutóia, ficamos na Pousada Jagatá, na beira da praia, super simpática e aconchegante. Uma pena que 2009 foi um ano de muitas chuvas e a cidade foi bem afetada pelas enxurradas, tanto que para entrar na pousada, tivemos que atravessar uma cratera que foi o que sobrou da rua de acesso!
Pousada Jagatá - Tutóia, MA.
No dia seguinte, demos uma volta pela praia, mas sem muita animação por causa dos estragos deixados pelos eventos climáticos. Pedimos indicação de onde comer um bom caranguejo e o pessoal da pousada nos indicou a pousada vizinha (não lembramos o nome, só da proprietária: D. Marta).
Praia em frente a pousada.
Chegamos lá para almoçar e tivemos mais uma desilusão... Não tinha caranguejo! Era Domingo, e nesse dia os pescadores estão de folga! A D. Marta, muito simpática, foi até na casa de um pescador ali ao lado, mas não conseguiu nem um bichinho pra matar nossa vontade. Nos ofereceu então uma porção de camarões fritos e uma posta alta de pescada amarela frita. SEN-SA-CIO-NAL! Tão bom que combinamos de voltar no dia seguinte e ela prometeu tentar comprar caranguejos na feira bem cedinho.
Mais praia.
Infelizmente... Apesar do esforço da nossa anfitriã, ficamos sem caranguejo... Mas descobrimos que mais famosos que estes, são os camarões e a pescada amarela que provamos (e aprovamos!) no dia anterior.
Seguimos caminho para Camocim-CE, em transfer que conseguimos por indicação do pessoal da pousada. Pelo caminho, algumas paisagens inusitadas como as da região da cidade de Chaval (CE).
Chegamos a Camocim-CE no fim da tarde, na dúvida se seria possível seguir no mesmo dia para Jericoacoara. Arranjamos lugar numa pousada bem chinfrim enquanto o Manoéo resolveu procurar alguém que nos levasse ainda naquele dia.
Conseguimos um 'buggeiro' doido que topou nos levar naquele horário (18h) e com a maré subindo. Foi uma aventura interessante andar pela trilha no breu total... Detalhe: sem iluminação, os balseiros que atravessam os buggys nos riachos que cruzam a trilha, não ficam em seus postos. Assim sendo, tome a gente a dar gritos e berros, a cada travessia, para chamar os caras para atravessarem o carro. Até aí, tudo bem... Porém, o cara era mais maluco do que imaginamos e conseguiu afogar o motor do carro numa tentativa de passar por um riacho mais fundo. Uma beleza!
Buggy atolado...
Bom, estávamos na Comunidade Tatajuba, um assentamento de pescadores no meio do caminho, sem lugar para ficar ou comer e sem transporte! 'Suuuper legal'! O nosso motorista arranjou outro cara para nos levar, mas teria que ser no dia seguinte. O resultado foi que tivemos que dormir - com fome - na casa de um pescador. A Vá não ficou nada feliz...
Tatajuba - CE (Google Maps)
Bom, apesar do imprevisto, a noite de sono foi agradável, pelo menos para Va e Dri (nossa companheira nesta aventura) que se entenderam com a rede. Já o Manoéo...
No dia seguinte, acordamos com os pescadores (5h da manhã), tomamos o café gentilmente oferecido pela dona da casa enquanto esperávamos o outro buggy chegar para enfim nos levar a Jeri.
Ahhh Jericoacoara! Depois de chegar, deu até para esquecer o perrengue da noite anterior. Mas como todo marinheiro de primeira viagem sofre, logo descobrimos que nosso cafofo na Pousada Tirol não tinha ar condicionado! Ai ai... Apesar disso, a pousada é simpática, considerando a pechincha.
Relaxando no Sky Restaurante e Bar
Primeira ação do dia em Jeri: almoço! Na beira da praia, cerveja, caipirinha, petiscos e uma vista incrível com a duna do por do sol à frente do Sky Restaurante e Bar. Estava tudo tão bom que perdemos a hora pra ver o por do sol na 'Pedra Furada'.
Prato misto de peixe e frutos do mar. Hmmm...
Vista: Duna do por do sol ao fundo.
De qualquer maneira, saímos correndo para ver se chegávamos a tempo, considerando que a maré precisa estar baixa para dar tudo certo! E o resultado foi outro perrengue! rs... Fomos, na correria, e obviamente não deu tempo de chegar ao destino pretendido!
Rumo ao por do sol na Pedra Furada. Maré enchendo...
Na volta, o Manoéo teve a brilhante ideia de cortar caminho subindo uma duna (que a Va classificou de montanha!). Agora imagine que a cada dois passos, a gente escorregava um! Para completar, chegando lá em cima, fomos envolvidos por uma nuvem de mosquitos! Agora fechem os olhos e imaginem o Manoéo correndo de duas mulheres com ódio! Depois de tanto tempo, é até engraçado (não é Dri?!).
O que deu para registrar do por do sol em Jeri (rs).
No dia seguinte fomos procurar um guia para fazer o passeio de buggy pelas dunas e tivemos o prazer de 'tropeçar' no Raimundo, uma figura que nos proporcionou muita diversão nos dias vindouros. Infelizmente, não guardamos o contato dele... Para começar, nos ofereceu mais do que tínhamos em mente, mas fomos com a cara dele e topamos.
Pensando na vida... Que dureza...
E assim, o primeiro passeio foi de jangada para ver a Pedra Furada pelo mar. É um passeio sem grandes visuais, mas vale pela experiência de navegar num barco onde a vela é um grande 'lençol' amarrado num mastro. Muito legal!
Olha o Raimundo aí no fundo.
A famosa Pedra Furada.
A tarde fizemos o passeio por terra passando pelas dunas, lagoas e 'Árvore da Preguiça', um clássico local.
Passeio de buggy.
Banho na lagoa.
Árvore da Preguiça
Pedra Furada
Você deve estar se perguntando: e a balada? Forró? Etc? Pois é... Não sei porque não fomos a nada disso. Deve ter sido cansaço... Mas pelo menos tomamos umas no Chico Drinks.
O último dia foi dedicado ao passeio para ver cavalos marinhos que fica no caminho de volta a Camocim, num local chamado Mangue Seco. Muito interessante saber as curiosidades sobre o animal, além de prestigiar o programa de preservação desta espécie.
Cavalo marinho em Mangue Seco (Jeri-CE)
Casal de cavalos marinhos.
Chegamos a Camocim na hora do almoço e depois de negociar o taxi para nos levar até a rodoviária de Parnaíba-PI, sentamos para almoçar num buteco. Esse foi o 'pf' mais demorado da história! Quarenta minutos para 'preparar' um prato feito de bife! Mas enfim, partimos.
De Parnaíba, voltamos para São Luis-MA de ônibus, para curtir mais uns dias de eventos familiares.
Moral da estória, Jeri-CE é completamente diferente de Barreirinhas-MA, nosso ponto de partida, pois apesar de ser mais rústica e isolada, é limpa, organizada, charmosa e tem toda infra necessária para ficar lá por tempo indeterminado. A simpática vila de ruas de areia, só não ganha no quesito paisagem, pois as dunas do Parque dos Lençóis Maranhenses são de muito longe a paisagem mais linda que já vimos, quando o contexto é de dunas de areias claras e água.
Dica: leve dinheiro vivo e, preferencialmente, com sobra. Não há bancos, nem caixas eletrônicos (pelo menos até 2009), e os mais próximos ficam em Jijoca.
Se você não leu o post anterior e quer saber sobre nossas dicas sobre São Luis, Barreirinhas e os Lençóis Maranhenses, clique aqui.
Bom proveito!