Manaus é uma cidade repleta de contradições... Tem um potencial gigantesco para ser uma das cidades mais bonitas do país, pois afinal está dentro da Floresta Amazônica e às margens do Rio Negro que por si só já é um cenário exótico e misterioso. No entanto, a cidade precisa de maior cuidado por parte do poder público e mesmo de toda gente que vive aqui (nativos e 'estrangeiros'). A administração atual está de parabéns, mas como estamos em clima de Copa do Mundo (2014), vamos aguardar para ver a manutenção pós-evento.
Mas como o objetivo do blog é mostrar o que há de bom nos lugares que visitamos, vamos lá... Afinal, esta é a cidade que nos acolheu pelos últimos 4 anos.
O passeio básico, ou seja, aquele que obrigatoriamente fazemos toda vez que alguém vem nos visitar pela primeira vez, é o passeio de barco para ver o famoso encontro das águas dos rios Negro e Solimões, o Lago Janauari e outras paragens mais próximas à cidade.
Manaus - Google Maps (satélite)
Chegando à Manaus num dia ensolarado, dá para ver nitidamente a diferença de cores pela janela do avião. Portanto, escolha poltronas do lado direito e quando a aeronave iniciar a aproximação para o pouso, abra a janela!
Barco regional no Encontro das águas
Para o passeio, costumamos pegar uma 'voadeira' no Porto da Ceasa - Distrito Industrial (R$ negociável) que é o ponto mais próximo do local onde os rios se encontram. Se você tem medo de água e/ou de barcos pequenos ou quer bar, guia e outras amenidades, prefira uma das duas opções mais caras (a seguir). Na voadeira você negocia diretamente com o barqueiro e pode levar bebidas, gelo e lanche, pois normalmente eles carregam uma caixa térmica para esta finalidade.
Lancha (voadeira) no Encontro das Águas.
Se estiver disposto a pagar mais caro, contrate o passeio através de agências de turismo, neste caso, peça indicação no seu hotel e/ou pesquise para não entrar em roubadas. Temos amigos que já experimentaram a Amazon Explorers e a Amazon Eco Adventures, e gostaram (até R$250/pax). São propostas e preços diferentes: a primeira trabalha com grupos maiores em barco tipo regional e a segunda até 7 pessoas em lancha. Verifique todos os detalhes do roteiro, pois há programas mais ou menos completos. Se você tem pouco tempo, prefira os roteiros mais completos. Por fim, a partir do Porto de Manaus (centro) também saem barcos tipo regional ou catamarã.
Primeira parada: Encontro das águas. Os rios Negro e Solimões se encontram na região de Manaus para formar o Rio Amazonas. Além da diferença óbvia na cor, eles não se misturam (por vários quilômetros de extensão) pois também tem diferenças na velocidade, temperatura, densidade e acidez da água. Chegando lá, se for possível (barco pequeno), coloque a mão na água para comprovar a diferença de temperatura.
No trajeto entre uma parada e outra, fique de olho e câmera preparados, pois você pode avistar botos brincando pelo caminho!
Segunda parada: Flutuante do Pirarucu (ou do Alemão!!) para brincar de pescar o gigante da Amazônia. Pague a taxa (R$5) que dá direito a 3 iscas que serão amarradas a um cabo de vassoura e divirta-se tentando levantar um 'bichinho' de dentro d'água! Devido ao risco de extinção, a pesca é controlada, sendo permitida apenas no período da vazante, em comunidades autorizadas e limitada a 30% dos animais adultos que ficam 'presos' nos lagos.
Terceira parada: Entrar num igapó (floresta alagada) para ver uma samaúma, também conhecida como "telefone de índio" pelo som que produz quando seu tronco é golpeado. Esta visita só será possível em voadeira ou lancha e se o nível do rio estiver adequado! Peça ao barqueiro para desligar o motor e fique alguns minutos escutando o som da floresta. Se estiver na época da seca, dá para ver a árvore na próxima parada.
Última parada: Lago Janauari. Desembarque no flutuante e caminhe pela passarela suspensa até o lago. No trajeto, fique atento aos macacos, pica-paus e outros pássaros. Chegando ao lago, aprecie a beleza das vitória-régias e torça para ver algum jacaré relaxando por lá. No flutuante há um restaurante e uma feira de artesanatos. Não costumamos almoçar por lá, pois achamos que vale mais a pena comer em terra firme.
Na volta, se você optou pelo passeio 'independente', almoce na Peixaria Moronguêtá (R$80) que fica numa travessa da avenida que chega ao CEASA (Vila da Felicidade) e tem uma vista linda para o rio. A melhor pedida é o dourado ao molho de cupuaçu ou o pirarucu à delícia. Os sucos são de polpa, mas para acompanhar o almoço com sabores locais, peça o de taperebá ou cupuaçu. Os pratos para 2 servem, na verdade, 3 pessoas. E por fim... tenha paciência, aproveita a vista enquanto espera e aproveite a vista. ;)
Outros passeios que podem entrar no roteiro são (este nós ainda não fizemos):
Encontro do Rio Negro com o Rio Solimões
Primeira parada: Encontro das águas. Os rios Negro e Solimões se encontram na região de Manaus para formar o Rio Amazonas. Além da diferença óbvia na cor, eles não se misturam (por vários quilômetros de extensão) pois também tem diferenças na velocidade, temperatura, densidade e acidez da água. Chegando lá, se for possível (barco pequeno), coloque a mão na água para comprovar a diferença de temperatura.
No trajeto entre uma parada e outra, fique de olho e câmera preparados, pois você pode avistar botos brincando pelo caminho!
'Pesca' do pirarucu
Segunda parada: Flutuante do Pirarucu (ou do Alemão!!) para brincar de pescar o gigante da Amazônia. Pague a taxa (R$5) que dá direito a 3 iscas que serão amarradas a um cabo de vassoura e divirta-se tentando levantar um 'bichinho' de dentro d'água! Devido ao risco de extinção, a pesca é controlada, sendo permitida apenas no período da vazante, em comunidades autorizadas e limitada a 30% dos animais adultos que ficam 'presos' nos lagos.
Entrando num igapó para ver uma samaúma
Terceira parada: Entrar num igapó (floresta alagada) para ver uma samaúma, também conhecida como "telefone de índio" pelo som que produz quando seu tronco é golpeado. Esta visita só será possível em voadeira ou lancha e se o nível do rio estiver adequado! Peça ao barqueiro para desligar o motor e fique alguns minutos escutando o som da floresta. Se estiver na época da seca, dá para ver a árvore na próxima parada.
Uma bela Samaúma.
Última parada: Lago Janauari. Desembarque no flutuante e caminhe pela passarela suspensa até o lago. No trajeto, fique atento aos macacos, pica-paus e outros pássaros. Chegando ao lago, aprecie a beleza das vitória-régias e torça para ver algum jacaré relaxando por lá. No flutuante há um restaurante e uma feira de artesanatos. Não costumamos almoçar por lá, pois achamos que vale mais a pena comer em terra firme.
Vitórias-Régias no Lago Janauari
Jacaré tomando sol no Lago Janauari
Na volta, se você optou pelo passeio 'independente', almoce na Peixaria Moronguêtá (R$80) que fica numa travessa da avenida que chega ao CEASA (Vila da Felicidade) e tem uma vista linda para o rio. A melhor pedida é o dourado ao molho de cupuaçu ou o pirarucu à delícia. Os sucos são de polpa, mas para acompanhar o almoço com sabores locais, peça o de taperebá ou cupuaçu. Os pratos para 2 servem, na verdade, 3 pessoas. E por fim... tenha paciência, aproveita a vista enquanto espera e aproveite a vista. ;)
Peixaria Moronguêtá - Dourado ao molho de cupuaçú
Outros passeios que podem entrar no roteiro são (este nós ainda não fizemos):
- Museu do Seringal
- Tribo indígena (no Tupé)
- Nadar com botos
Alimentando Botos
Bom proveito e sejam bem-vindos à Selva Amazônica!
No próximo post: fotos de passeios pelo rio.
** Os preços indicados são sempre por pessoa.